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Qual é o futuro da sua profissão?

Avanços na robótica, inteligência artificial e machine learning levaram a uma nova era da automação. Hoje, as máquinas já se equiparam aos humanos em inúmeras competências, incluindo as que requerem capacidades cognitivas. Com isso, as dinâmicas de trabalho são modificadas, gerando uma frequente dúvida: quais são os empregos que poderão ser substituídos pela tecnologia?



A McKinsey & Company divulgou um relatório que separa por setores quais serão as áreas mais afetadas pelos novos entrantes autômatos. A porcentagem na imagem significa a parcela do tempo gasto nas atividades que pode ser automatizado:


Trabalho manual previsível

Esse tipo de trabalho seria o mais afetado pela nova era da automação. As máquinas conseguem fazer a maior parte dessas funções de forma rápida, barata e padronizada. Isso colocaria em risco empregos como os de embalador de produtos, soldagem de peças, recorte de materiais, entre outros. Por exemplo, operadores de caixa de estacionamento são raramente vistos, devido à praticidade que as máquinas forneceram ao dono do estabelecimento.


Processamento de dados

Outra função bastante atingida pela automação de processos é a de processador de dados. Atividades com repetições padronizadas tendem a ser substituídas por máquinas, já que o custo e a chance de erros são menores. Como exemplo disso, já temos a área de TI sendo afetada diariamente com a entrada de novos softwares no mercado, que dão mais transparência e agilizam o fluxo de trabalho, substituindo a mão-de-obra humana.


Coletagem de dados

Ainda no mesmo campo, os coletores de dados também estão em zona de risco: o machine learning é uma forma de fazer o computador absorver informações, entendê-las e, consequentemente, armazená-las, a fim de se ter uma melhor precisão na coletagem. Para ilustrar tal fato, temos inúmeros softwares, como o Waze, que coleta informações de usuários do mundo inteiro e compila no aplicativo, facilitando o meio de locomoção da população.


Por outro lado, existem cargos que não devem ser tão influenciados, como os de gerência, pesquisa, interação com o cliente e trabalho manual imprevisível, como mostrado respectivamente no infográfico a seguir:



Isso ocorre porque essas ocupações estão relacionadas a fatores que ainda não conseguem ser automatizados de forma completamente eficiente, a ponto de substituir o trabalho humano, como na criatividade, inteligência emocional e variâncias imprevisíveis. No entanto, o constante avanço tecnológico influencia - e continuará influenciando - nas dinâmicas de trabalho, tanto de forma direta, quanto indireta.


É seguro dizer, portanto, que todas as profissões sofrerão interferência da tecnologia no futuro - em menor ou maior grau. Logo, como se preparar para essas iminentes mudanças? A Harvard Business Review apresenta 4 dicas para se adaptar ao futuro do mercado de trabalho:


1) O trabalho em primeiro lugar. Por mais que antigos empregos deixem de existir, sempre haverá trabalho a ser feito. Saber lidar com as novas funções empregatícias e conciliar isso com os processos automatizados é uma habilidade que será bastante valorizada. Portanto, se adaptar a uma nova dinâmica de trabalho é essencial para o sucesso.


2) Entenda as diferentes oportunidades de emprego que a automação oferece. O setor da automação é amplo e oferece muitas oportunidades para pessoas capacitadas - principalmente engenheiros. Sua aplicação vai de esteiras simples que transportam caixas a Inteligência Artificial (na área da Automação Cognitiva, por exemplo).


3) Um novo conceito de organização. Mudando o foco da mão de obra altamente especializada, a automação também é uma oportunidade para melhorar as relações interpessoais na empresa com uma gestão de pessoas eficaz. Uma vez que a forma de produção foi modificada, novas funções de interação humana serão necessárias para suprir uma nova demanda nas fábricas, criando novos empregos.


4) Apresente uma visão diferente para a organização. Como mostrado no relatório da McKinsey, os líderes sofrem pouca interferência da automação de processos. Logo, essa é a oportunidade perfeita para se consolidar como um exemplo de liderança, apresentando uma visão diferente do próprio conceito de organização, tentando achar um equilíbrio ideal entre o homem e a máquina.


A necessidade de adaptação para as novas dinâmicas de trabalho não é algo novo. O desemprego estrutural (aquele gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos) existe desde o início da automação que, historicamente, criou mais empregos que destruiu. Contudo, os avanços da 4ª Revolução Industrial preocupam especialistas do mundo inteiro sobre o futuro da relação profissional entre o ser humano e a máquina. O que será da sua futura profissão?

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